sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Utilidade Pública: TVE/RS e FM Cultura: Salve da Extinção!


Olá queridos (as) amigos (as),

Os funcionários da TVErs/FM Cultura estão se mobilizando para evitar o fim das emissoras públicas no RS.
Favor, leia o Manifesto em:
http://forumtve. blogspot. com/2009/ 12/tve-e- fm-cultura- correm-risco- de.html
A primeira ação seria manter a TVE na tua atual sede no Morro Santa Teresa (Rua Corrêa Lima, 2118). Mas a última notícia é que o prédio da TVE foi vendido para a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC).
O prazo para saída das emissoras do local é no dia 31 de março de 2010.
Você pode participar de várias formas: divulgando a notícia, assinando o abaixo-assinado, prestigiando o Ato-Show (dia 20/12, em Porto Alegre) ou ainda o Abraço Simbólico no atual prédio (que será realizado em data a confirmar).
Assinaturas do abaixo-assinado em
http://bit.ly/ 6qw9VE
Conheça a agenda completa de atividades do Fórum TVE/FM Cultura em
http://forumtve. blogspot. com
Contamos com a participação de todos.

abraços

Luciano Alfonso
Fone (51) 9987.8021
luciano.alfonso@hotmail.com

Entrevista com Voltaire Schilling à ZERO HORA, sobre o seu polêmico (e equivocado) artigo

Jornal ZERO HORA
05 de dezembro de 2009

DEBATE

“Não sou a favor de que destruam as esculturas. Foi uma ironia”
Em entrevista na biblioteca de sua casa, na subida do Morro Santa Tereza, o historiador Voltaire Schilling detalha pontos de seu polêmico artigo sobre artes visuais. Diz que não estava falando sério ao propor que as obras fossem despachadas, queixa-se das réplicas e admite que há um tom nostálgico em seu discurso

Zero Hora – O senhor esperava que seu artigo fosse ponto de partida para uma polêmica sobre arte em Porto Alegre?

Voltaire Schilling – Não. Minha percepção era apenas reclamar contra o que eu considero o conjunto de horrores estéticos que nos cercam. Para mim, o ponto de deflagração foi a “casa monstro” (a obra Tapume, de Henrique Oliveira). Acho que não contribui para a cidade. Sou um cidadão de Porto Alegre descontente com o tipo de monumento e estatuária que existe por aí. Pelo menos com aquelas elencadas. Repare que não é uma declaração universal de horror a toda a estatuária da cidade. Depois soube que o mesmo escultor que fez o monumento ao ditador (a obra Monumento a Castello Branco) é o dos Açorianos, que acho um trabalho muito interessante.

ZH – Mas o senhor não acha que as soluções formais do Monumento a Castello Branco e do Monumento aos Açorianos são muito próximas, se não as mesmas?

Schilling – Bom, isso é difícil, não gostaria de me ater. Existem obras de arte moderna e contemporânea excelentes e outras que não o são. Da mesma maneira que um pintor tem o seu mau dia ou um extraordinário teatrólogo faz uma peça que não funciona.

ZH – O senhor acha que o monumento do Parcão não funciona?

Schilling – Não, só estou dando uma impressão. Não é uma questão de estudo acurado e profundo. O que acho estranho nessa área das artes plásticas é que, na literatura, o sujeito pode escrever um livro ruim, e a crítica em geral pode manifestar sua hostilidade. A mesma coisa acontece com o teatro, o cinema. Mas parece que as artes plásticas resolveram reservar a si uma posição de não aceitar e imediatamente cair no pentágono da desqualificação: quem critica é nazista, stalinista, reacionário, ignorante e burro. Sabia que, se houvesse algum tipo de contestação (ao artigo), entraria numa dessas categorias. Curiosamente, não me chamaram de homossexual ainda.

ZH – No texto, o senhor usa termos como “monstruosidade”, “flagelo”, “medonhice”, “perversidade” em relação às obras que rejeita, num sentido não irônico. O senhor ficou surpreso com a reação?

Schilling – O texto também procurou ser divertido. É evidente que tem ironia. Se tu olhares o Monumento a Castello Branco, ele pode ser entendido como o desembarque de um extraterrestre, por que não? Aquela outra, o “timão” (Estrela Guia, de Gustavo Nackle), parecia realmente ser feita de estrume. Se tu perguntares para as pessoas da Zona Sul o que eles acham daquilo... Faz um levantamento. É claro que procurei fazer ironicamente a coisa. Não sou a favor de que as massas se reúnam e destruam as obras de arte. Fiz uma ironia.

ZH – Qual deveria ser a atitude diante das obras expostas em museus e praças, na medida em que uma parcela desse público não goste do que está sendo exibido?

Schilling – Isso é uma situação difícil de resolver. Arte não se resolve por plebiscito, por levantamentos ou por vontade geral da nação. Isso não funciona com a arte. É um setor que tem de ser tratado com carinho, com certa atenção, não pode ser submetido a plebiscitos. Mas, por outro lado, também não podemos cair na tolerância completa, o que acaba acontecendo em grande parte do mundo com a arte conceitual. Se caiu num vale-tudo. Eu ainda sou, digamos assim, um seguidor da ideia iluminista de que a estética tem uma função de melhorar todos nós. A estética faz bem para nós. Agora, em parte, eu te diria que essa fome estética que a humanidade sente ela está sendo desviada para a tecnologia. Por exemplo, as pessoas vão num salão do automóvel e saem absolutamente embevecidas. Coisa que tu não vês quando as pessoas saem de uma Bienal – não é a nossa, qualquer uma. Tu não vês esse empolgamento das pessoas.

ZH – O senhor foi à Bienal este ano?

Schilling – Sim.

ZH – No Margs?

Schilling – É. No Margs eu fui, claro, é do meu lado (Schilling é diretor do Memorial do Estado, vizinho do Margs, na Praça da Alfândega). Foi a que tem sido mais visitada...

ZH – E o que o senhor achou?

Schilling – Olha, achei que tem trabalhos escolares, né? Tem coisas assim de trabalho de ginasiano, colagenzinha de ginasiano, né?

ZH – O fato de a Bienal estar na sétima edição, de ter tido um crescimento de público sustentado, o fato de atrair não só o público adulto, que frequenta museus, mas de ter se tornado um ponto de referência para escolas, de alguma maneira indica que a disposição do público não é exatamente a que o senhor tem?

Schilling – Olha, duas coisas. Primeiro, eu não sou contra a Bienal. Acho que a Bienal é ótima para a cidade. Acho muito bom. Pelo menos de dois em dois anos, há um encontro, uma confraternização das propostas dos artistas com o público, que é uma coisa boa para a cidade. Como é que eu vou ser contra a arte? Em segundo lugar, mesmo com o aumento de público, eu não encontrei empolgação. Não tem. Eu estou numa posição estratégica, já é a terceira Bienal (à qual assiste como diretor do Memorial do Rio Grande do Sul). Nunca, nunca nenhuma pessoa demonstrou na minha frente, para amigos meus, para pessoas próximas a mim, empolgação: “Vi tal coisa maravilhosa”. Nenhuma vez. Ao contrário: decepção. As pessoas vão com toda a boa vontade e saem decepcionadas. Muitas pessoas dizem: “Mas essa é a função da arte hoje. Criar esse tipo de embaraçamento etc e tal”.

ZH – Nenhum trabalho lhe empolgou ali no Margs?

Schilling – (Pausa.) Não. (Mais baixo.) Não, não. Os meus, digamos assim, os meus ídolos, as pessoas que eu admiro, são os impressionistas... até mesmo os cubistas e os futuristas... Eu sou, digamos assim, defensor da arte pré-contemporânea, da primeira arte moderna. Isso aí (da Bienal) pouco diz para mim.

ZH – O senhor disse que estava sendo irônico e que, de fato, não quer que as obras de arte sejam despachadas. O senhor não quer isso porque isso não vai acontecer ou porque é preciso haver uma outra resposta?

Schilling – Digamos assim: doravante, a minha expectativa é que as pessoas encarregadas disso tenham mais cuidado, só isso. Doravante, pensem um pouco: “Pô, mas será que isso realmente é uma coisa meritória para nossa cidade? Ela merece isso?”.

ZH – Ter cuidado é um conselho bastante amplo. Do ponto de vista de quem julga as obras de arte, quais seriam as diretrizes que consubstanciariam esse cuidado?

Schilling – Não tenho condições (de responder) porque eu não sou artista. Eu só reajo: isto aqui não está bom, não está bom, não está bom. Minha reação é essa. Não é a questão nem só da feiura, é o mau gosto, tu entende? É o mau gosto. E se por trás de mim não tem ninguém, se é um ato absolutamente isolado da minha personalidade, não sei por que vocês então dão valor para isso. Eu participei de um debate em que 80% das pessoas concordavam com a minha posição. Se nós chegássemos a uma avaliação, nós vamos ver que Porto Alegre está povoada de 800 mil nazistas, reacionários, burros e ignorantes, o que é um dado absolutamente alarmante sobre a nossa população.

ZH – O senhor disse: “Nós temos sido excessivamente tolerantes”. Quando o senhor diz “nós”...

Schilling – Os 80%.

ZH – A palavra “tolerância” pode ser aplicada à relação entre etnias e nacionalidades. Foi muito usada ao longo do século 20. No que toca à arte, é pouco usada porque em geral artistas e críticos concordam que uma manifestação artística pode ser válida ou não, boa ou ruim, bela ou feia. Mas aquilo que está além da tolerância tem de ser descartado. Também no século 20, o que estava “além da tolerância” foi descartado, e sabemos que isso está sempre associado a experiências bastante ruins na história.

Schilling – Sim, sim, sim.

ZH – Essa é uma palavra sua. Eu não estou colocando na sua boca. O senhor usou “tolerância”.

Schilling – Sim, sim. O que eu digo “tolerância” é a ausência de crítica. Então, como não há crítica, tu vais, tu entendes, tu deixas. Hoje a arte corresponde ao que o artista acha que é arte, a sua subjetividade.

ZH – E não tem de ser assim?

Schilling – Bom, agora é assim, mais do que nunca: “Eu decido o que é arte”. Tu conheces o caso daquele que vendeu fezes, né? Aliás, só um italiano poderia fazer um negócio desses. O cara vendeu fezes.

ZH – Era uma provocação.

Schilling – Seja o que for. Andy Warhol pedia que alguns amigos dele urinassem em cima de certas telas que ele deixava no chão. Entende? Esse tipo de coisa. Digo “tolerância” no sentido de ausência de crítica. Então de repente tu tens aberrações. É algo assim tipo a criança traquinas: vai fazendo, vai fazendo arte, de repente ela incendeia a casa? Por quê? Porque tu és excessivamente tolerante e conivente. Então talvez se nós exercêssemos sobre a arte conceitual...

ZH – O senhor usou a palavra “tolerância” e agora disse que estava se referindo à crítica. Em vez de “excesso de tolerância”, teria havido “ausência de crítica”. Existe uma considerável obra crítica em relação a todos os temas da nossa discussão. A própria estatuária de Porto Alegre tem estudos e livros. O que é preciso fazer, no seu entender, para que essa crítica encontre o seu ponto?

Schilling – Vocês supõem a crítica no sentido como a filosofia idealista tentou, no sentido de colaborar, esclarecer. A palavra “crítica” que estou dizendo é em outro sentido. É de denúncia. É uma empulhação, tu tens de denunciar a empulhação.

ZH – Tudo é empulhação?

Schilling – Não, não, não é isso. Mas tem de denunciar quando é empulhação.

ZH – Aquelas obras que o senhor cita são empulhação?

Schilling – Eu não sei, não estou preocupado com isso. Minha preocupação não é essa. Minha preocupação é de ordem estética.

ZH – Mas o senhor acabou de dizer que têm de ser denunciadas.

Schilling – Eu não estou dizendo que essas obras são empulhação. Eu não disse isso. São simplesmente cafonas, feias, não correspondem a, digamos assim, ao que eu imagino que seja um lugar gostoso de passar e ver um bom monumento. Necessariamente não precisa ser de beleza, que tenha de ser uma Vênus de Milo, um Apolo, não é isso. Mas que de alguma forma ele tenha uma expressão estética interessante, aceitável por todos. Ou pelo menos pela maioria. Agora eu volto a te dizer, eu sou cético. Eu acho que nós somos governados por uma tribo esotérica, que domina os jornais, que domina as revistas, que se associa a galerias, que se associa ao marketing, que se associa aos leilões estapafúrdios, e isso aí, e além do mais às coleções dos milionários. Que arte de transgressão é essa em que as principais obras de transgressão são compradas pelos milionários? As pessoas mais conservadoras do Ocidente têm seu dinheiro empregado nisso aí. E obviamente que elas não querem que alguém diga lá: “Olha, o rei está nu. O senhor comprou uma caixa de sabão Omo, não um ready made”. Agora, volto a insistir nessa questão: como, de que maneira, quais as condições históricas que permitiram que um grupo, essa tribo esotérica, domine o universo das artes plásticas, se imponha perante a população e aterrorize a população? As pessoas se sentem aterrorizadas, com medo de comentar qualquer coisa. Elas saem de uma exposição, não gostam e não têm coragem de dizer. Lembra um pouco o filme da minha geração, a nouvelle vague. A gente ia ao cinema e não entendia. Então tinha em Porto Alegre uns quatro ou cinco especialistas que entendiam o filme. Eram os sacerdotes sibilinos da nossa época. Eles explicavam: “Olha, o (Jean-Luc) Godard quis dizer tal coisa”. As pessoas não entendiam e ficavam absolutamente envergonhadas porque não entendiam os filmes. Então tinha que ter um especialista, um crítico de arte, um crítico de cinema, que explicava ao vulgo o que aquilo queria dizer.

ZH – O senhor diz que estamos sendo “aterrorizados”. Meu filho de cinco anos foi à Bienal e não voltou – pelo menos perceptivelmente – aterrorizado, voltou falando das coisas que viu lá. Nosso papel nesta entrevista é permitir que o senhor esclareça, detalhe e disseque sua forma de pensar. Qual seria a maneira de essa população – “aterrorizada”, para usar sua expressão – lidar com essas obras?

Schilling – Em primeiro lugar, não acredito que essa obras vão desaparecer. As circunstâncias históricas em que elas foram gestadas e o apoio que os Estados Unidos dão a isso dificilmente vão fazer com que esse tipo de arte desapareça. Em parte, o que acontece é fruto da Guerra Fria. Não só isso, já era antes, nos anos 30. Os americanos queriam fazer uma confrontação com o que estava acontecendo na Europa. Observa que o MoMA (Museu de Arte Moderna de Nova York) é inaugurado exatamente quando Hitler chega ao poder e decreta o fim da arte expressionista na Alemanha. Em 1934, Stalin decreta o realismo socialista. Essa tolerância que surgiu nos Estados Unidos com a criação artística – “Faça o que quiser, imagine qualquer tipo de possibilidade criativa” – estava estreitamente vinculada à Guerra Fria. Tanto é que a CIA organizou expedições artísticas ao largo da Europa para exatamente fazer isso: “Reparem como os artistas americanos têm absoluta liberdade enquanto os soviéticos estão submetidos ao dirigismo, às exigências de um Estado totalitário”. Essa é a origem histórica e sociológica dessa história toda. Há um claro interesse de que esse tipo de arte corresponda aos anseios de liberdade defendidos pelo Ocidente. É uma posição claramente ideológica: “O nosso artista faz o que lhe vem na telha e ninguém tem de se opor”.

ZH – Isso é ruim?

Schilling – Não, não estou dizendo que é ruim ou não. Mas o que interessa a subjetividade dessas pessoas?

ZH – Não interessa?

Schilling – A quem interessa e por quê?

ZH – E o senhor, o que representa, se não a sua subjetividade?

Schilling – Olha, de alguma maneira... Tu estás fazendo referência ao meu artigo?

ZH – Não, ao seu papel como intelectual.

Schilling – Olha, de alguma maneira, eu, digamos, fui no meu artigo o intérprete dessa insatisfação que existe na nossa cidade. Não sei em outras. Mas aqui, pela repercussão que teve, fui intérprete involuntário disso. Então, nesse caso específico, minha subjetividade se articulou com o mal-estar coletivo das pessoas em relação ao que se passa na nossa cidade especificamente – não estou falando da Bienal – especificamente a estatuária e a escultuária de nossa cidade, especificamente aqueles que foram citados por mim. Só isso. Então eu fui intérprete. Isso pode acontecer. Às vezes você escreve alguma coisa e provoca...

ZH – Há nostalgia da sua parte, não?

Schilling – No seguinte sentido: o enorme acervo técnico de qualificação de pintores e escultores vai ser posto fora. Há quantos mil anos o Ocidente começou a fazer escultura? Tudo isso está se perdendo. Um sujeito escreveu para nós assim: “Olha, eu recebi encomenda de fazer cinco caixotes de madeira. Depois eu soube com surpresa que estavam ali empilhados no Cais do Porto como obra de arte”. Esses ambientes artísticos estão sendo substituídos por marceneiros, por pedreiros. Não por artistas. Há uma nostalgia? Há, sim.

domingo, 15 de novembro de 2009

Dica de Teatro: DentroFora

Imagens do Espetáculo

DentroFora segue em cartaz no Câmara Túlio Piva com várias atrações: o texto de Paul Auster, a atuação de Liane Venturella e Nelson Diniz, a estreia na direção de Carlos Ramiro Fensterseifer – e a trilha sonora de Alvaro RosaCosta.
sexta e sábado às 21h, domingo às 20h
Assim como O Gordo e o Magro vão para o Céu, inspirado em Esperando Godot. O espetáculo é uma metáfora sobre o ser humano contemporâneo. Na trama, de dois personagens, se encontram presos dentro de duas caixas, cada um em uma. Eles resolvem pensar na sua nova condição e relembrar fatos de suas vidas. A peça explicita a imobilidade do ser humano perante a vida cotidiana, a partir de ações interiores dos personagens.

Direção: Carlos Ramiro Fensterseifer
Elenco: Liane Venturella e Nelson Diniz
Cenografia: Élcio Rossini
Figurino: Rodrigo Nahas Fagundes
Iluminação: Cláudia de Bem
Trilha sonora e imagens: Alvaro RosaCosta
Figurinos e design gráfico: Rodrigo Nahas
Produção: Denis Gosch

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Vincent Bousserez
















O artista francês Vincent Bousserez utiliza bonecos de plástico em miniatura para reproduzir cenas da vida cotidiana. O fotógrafo e designer gráfico diz que teve a ideia de 'Plastic Life' ('Vida Plástica', em tradução livre) depois de se encantar com uma loja de miniaturas.

Domínio Público, URGENTE!

Uma bela biblioteca digital, desenvolvida em software livre, mas que está prestes a ser desativada por falta de acessos!!!

Imaginem um lugar onde você pode gratuitamente:
· Ver as grandes pinturas de Leonardo Da Vinci ;
· escutar músicas em MP3 de alta qualidade;
· Ler obras de Machado de Assis Ou a Divina Comédia;
· ter acesso às melhores historinhas infantis e vídeos da TV ESCOLA,
ARTIGOS CIENTÍFICOS
· e muito mais...

Esse lugar existe!
O Ministério da Educação disponibiliza tudo isso, basta acessar o site:
www.dominiopublico. gov.br

Só de literatura portuguesa são 732 obras!

Estamos em vias de perder tudo isso, pois vão desativar o projeto por desuso, já que o número de acesso é muito pequeno. Vamos tentar reverter esta situação, divulgando e incentivando amigos, parentes e conhecidos, a utilizarem essa fantástica ferramenta de disseminação da cultura e do gosto pela leitura.

Maravilha do Xavier le Roy!

http://www.youtube.com/watch?v=G3rv1TeVEPM

Colaboração Regina Rossi, diretamente de Hamburgo...
Beijo, Rê!

arte de Porto Alegre

Performance de Letícia Lampert e Regina Rossi:

http://killingsometime.wordpress.com//

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Filme in locqua, da dupla o Zé e Tatu. Ele foi dividido em 4 partes para ser disponibilizado na web, nos seguintes links (ou no canal da dupla no youtube).
Abaixo consta também a sinopse. abração.

parte 1http://www.youtube.com/watch?v=d_5Chi6m5vM
parte 2
http://www.youtube.com/watch?v=rf6Yf18BKiY&feature=related
parte 3
http://www.youtube.com/watch?v=c-9IoHwm9gU&feature=related
parte 4
http://www.youtube.com/watch?v=0djsMgwFD6Y&feature=related
sinopse
‘In locqua é um filme sobre o que se vê daqui, onde estamos, onde algo acontece e não sabemos o quê’. Trata-se de um documentário-musical de 35 minutos, cujas imagens foram coletadas em um final de semana de ensaios de setembro de 2009 e posteriormente editadas articulando-as a outras ideias musicais e literárias, novas e velhas. Uma linha narrativa é sugerida com a repetição de temas visuais (um semáforo, pessoas de passagem), a utilização de textos em legenda, e a organização do material em blocos (‘vida e obra’, ‘políticas de saúde’, ‘lugar para passear as férias’ etc.). O filme contém planos de câmera fixa, câmera na mão e animação, contém sobreposições e inversões de áudio, o que o conecta à estética das cortadas e também o aproxima do momento particular da dupla o zé e tatu, que vive experiências de resignificações, experimentações e revisitas. Algumas imagens registradas por Lauro M e Carolina M do show eupoderiadançarespaçado de 2008 e por Fabrício Tavares da participação d’o zé e tatu no ensaio aberto do projeto Novas Bossas Novas também estão presentes. In locqua conta ainda com participações de Zana Rosa, Bebel Ribeiro, Tânia Rosa, Giuliana Bruno, Cadito e outros artistas e amigos.

LA CASA DE SARKOZY - França

LA CASA DE SARKOZY leé bien, seguí las intrucciones,es espectacular

Serie de fotos e indicaciones sobre la casa donde vive M. Nicolas Paul Stéphane Sarkozy de Nagy-Bocsa (n. París, 28 de enero de 1955) es un político francés y desde el 16 de mayo de 2007, el vigesimotercer Presidente de la República Francesa, puesto que confiere también los cargos de Copríncipe de Andorra y Maestre de la Legión de Honor. Seguir las instrucciones.



ENTRA EN ESTA PAGINA, CLIC EN CADA FOTOGRAFIA LA AGRANDAS A PANTALLA COMPLETA, DESPUES CON EL RATON LLEVAS LA FOTOGRAFIA PARA LA IZQUIERDA,DERECHA,ARRIBA Ó ABAJO, TIENE UN MOVIMIENTO DE 360º,ES UNA AUTENTICA MARAVILLA, PUEDES VER LA HABITACION COMPLETA, LOS SUELOS, ALFOMBRAS, EL TECHO, LAS LAMPARAS, LOS CUADROS, TAPICES, ETC., ETC.,SI LO HACES BIEN Y DESPACITO, DISFRUTARAS Y TE GUSTARA. http://www.elysee.fr/panoramic/index.php

sábado, 7 de novembro de 2009

Arte é tudo. É?

Esta matéria foi publicado originalmente no jornal O Globo, no Segundo Caderno, no dia 4 de abril de 2004.

Arte é tudo. É?
ARNALDO BLOCH


Não, não é mais uma daquelas discussões estéreis sobre se a criação contemporânea é ou não é arte. A pergunta acima apenas resume a mais recente confusão entre artistas e o Ministério da Cultura. Depois de passar 2003 alardeando que tinha que acompanhar a evolução tecnológica, o MinC baixou, no início do ano, uma portaria que não muda nada.
- Esqueceram que a internet e todas as formas de expressão artística trazidas pelos meios eletrônicos e pela tecnologia são hoje produtoras e difusoras importantes de cultura diz Patrícia Canetti, criadora do Canal Contemporâneo, comunidade virtual dedicada à arte contemporânea.
Patrícia, que liderou a luta do Canal contra o Guggenheim, levantou 600 assinaturas de artistas de todas as áreas (e não apenas as afetadas) propondo que se acrescentem às formas tradicionais (teatro, dança, cinema, música etc) novas categorias. Algumas assustam à primeira leitura. É o caso da nanoarte, que já rendeu piadinhas politicamente incorretas sobre nanismo (na verdade é uma arte que lida com elementos em escala atômica por exemplo, ondas provocadas pelo som da voz, ou coreografias moleculares).
Primas da nanoarte, a bioarte e a arte transgênica propõem experiências como modificar geneticamente um coelho para que, dependendo do nível de exposição à luz, torne-se fluorescente. Este coelho deve viver numa casa de família que, através da experiência, conscientiza-se de como a genética pode vir a afetar suas vidas.
Autor do projeto, o brasileiro Eduardo Cack, que vive em Chicago, encomendou o coelho (batizado Alba) a um laboratório francês que, na hora H, não entregou a encomenda, o que provocou um movimento cujo lema é Free Alba.
E atenção, puristas, para uma bomba: os games fazem parte da lista. Mas não é qualquer game , não. A respeitada Tate Gallery, por exemplo, difunde o agoraXchange, um jogo interativo criado pelos próprios usuários (ou apreciadores?) da obra, que atuam em sensíveis questões do mundo globalizado, com resultados imprevisíveis.
Há categorias híbridas: a arte telemática, por exemplo, é capaz de feitos como engajar milhares de pessoas no nascimento de um pé de feijão, que recebe luz conforme os acessos a um site que ativa sensores... ou significar um espetáculo de dança interativo, em que duas bailarinas em teatros diferentes dançam juntas, em tempo real.
O curioso, para não dizer absurdo, da situação é que o MinC reage aos queixosos com entusiasmo, apesar de estar na origem do problema:
A máquina governamental tem razões que a própria razão desconhece. A ausência das novas formas de expressão reflete isso. Felizmente o grito de vocês foi dado. Felizmente não há divergência em nenhuma instância do MinC, escreveu Claudio Prado, responsável pela área de Cultura Digital no MinC, em e-mail enviado para o Canal.
O chato é que, para mudar a portaria, é preciso verificar se as alterações estão de acordo com o decreto que regulamenta a Lei Rouanet, um processo complicado que pode levar meses ou anos... coisas da modernidade.
Minidicionário de arte-ciência-tecnologia
AMBIENTES IMERSIVOS Ambientes criados na rede (ou fora dela, com interface computacional e monitores ou ainda projeções) que permitem que o visitante possa interagir com a obra fisicamente, de maneira múltipla. Tem relação com o conceito e a tecnologia de realidade virtual. O visitante, entretanto, não está plugado, embora utilize equipamentos como luvas especiais e máscaras. O computador é a interface e traveste-se de personagem na rede.
AMBIENTES INTERATIVOS Conceito mais amplo, que engloba a categoria acima, mas inclui a participação coletiva.
ARTE TELEMÁTICA Arte que utiliza as telecomunicações para produzir resultados criativos impossíveis sem ela. Exemplo: usuários de internet influindo no crescimento de uma planta. Ou, no campo da dança, duas bailarinas em palcos diferentes unidas em tempo real através de transmissões projetadas.
ATIVISMO ARTÍSTICO Utilização de arte na rede com objetivos de alertar os usuários sobre algum aspecto, às vezes denunciatório, da realidade contemporânea.
BIOARTE E ARTE TRANSGÊNICA Lidam sobretudo com genética. Uma experiência conhecida é a do coelho Alba, modificado geneticamente para tornar-se fluorescente em determinadas condições de luminosidade. O projeto foi abortado porque o laboratório francês ao qual se encomendou o coelho acabou recusando-se a completar a experiência, o que gerou um amplo movimento na rede cujo lema é Free Alba.
CINEMA PARA INTERNET Cinema e animações em geral produzidos especialmente para ser difundidos pela rede.
CIBERLITERATURA Literatura realizada através da rede, interativamente (obra escrita a várias mãos ou completada pelos usuários), ou qualquer ambiente literário criativo concebido e desenvolvido em rede.
EFEITOS QUÍMICOS E FÍSICOS Visualização artística de fenômenos destes dois campos.
COMUNIDADES VIRTUAIS Comunidades que se dedicam, utilizando a rede, a atividades, informação, repertório e difusão de arte num nível global e influente.
GAMES Jogos que, comerciais ou não, tenham como objetivo difundir, na dinâmica própria dos games , conteúdo artístico, ficcional etc. A Tate Gallery tem um jogo interativo, o agoraXchange, que é construído coletivamente, com o intuito de uma atuação simulada em questões referentes à globalização. É financiado por uma grande fundação.
HIPERMÍDIA Toda arte concebida tendo por base o conceito de hipertexto (navegação na internet em “saltos através de links), mesmo que transposto para outras linguagens.
NANOARTE Arte que lida com nanotecnologia, ou seja, tecnologia em escala muito pequena ou microscópica que produz células, moléculas, máquinas, motores etc em níveis que podem atingir a escala atômica.
NET-ARTE E WEB-ARTE Arte produzida ou difundida em rede.
PROJETOS DE REALIDADE AUMENTADA Conceito ainda emergente, que permite acrescentar à realidade física (através de interfaces, máscaras etc) dados que vêm do ciberespaço. Por exemplo: durante uma visita turística a uma cidade, o usuário pode acrescentar menus informativos ao equipamento individual que descrevam o que se está vendo lá fora, ou crie situações interativas.
SIMULAÇÃO COMPUTACIONAL Construção de realidades, situações, configurações etc em computador, e sua difusão na rede.
VIDA ARTIFICIAL E ROBÓTICA Arte que lida com inteligência artificial e robótica em geral. Às vezes cruza com a ciência: uma obra conhecida é um robô alimentado por bactérias acionadas por usuários da rede.
Posted by Patricia Canetti
em http://www.canalcontemporaneo.art.br/tecnopoliticas/archives/000069.html

FUN THEORY ...diversão e arte para qualquer parte

"Será que conseguimos fazer as pessoas usarem a escada apenas fazendo-a mais divertida?"

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

O pior dia dos Rolling Stones - GIMME SHELTER - lançado em dvd



Tinha tudo para dar e errado. E deu. Tão errado que naquele 6 de dezembro de 1969, os Rolling Stones ajudaram a sepultar o sonho hippie de paz e amor que embalava um mundo ainda sob os efeitos sonoros e lisérgicos do Festival de Woodstock, realizado em agosto.Disposto a marcar o fim da turnê americana em grande estilo, Mick Jagger queria protagonizar seu próprio Wood­stock, um concerto gratuito do qual os Stones seriam a principal atração. O lugar escolhido, entre atropelos e improvisos, foi o autódromo de Altamont, norte da Califórnia. Grateful Dead, Santana, Jefferson Airplane, Flying Burrito Brothers, Crosby, Stills e Nash seriam os companheiros de palco.Para a segurança do espetáculo, decisão que fez tudo ir por água abaixo, foram convocados os Hells Angels, os brutamontes vikings das estradas americanas. Porretes e latas de cerveja à mão e avançando com sua motos sobre a plateia, os Angels promoveram naquela tarde, diante de 300 mil pessoas, uma sessão de pancadaria que não poupou nem músicos.Em meio à apresentação dos Stones a tensão já era extrema. Palco lotado, banda acuada, Jagger pedindo calma, ameaçando parar o show. Até que durante Under my Thumb, um clarão se abre. Um rapaz negro, com revólver em punho, é assassinado a facadas por um dos “anjos”.Esta impressionante sequência é detalhada no clássico documentário Gimme Shelter, item obrigatório para fãs de rock e de bom cinema. O filme tem a assinatura dos irmãos Albert e David Maysles, aclamados documentaristas americanos, pioneiros do chamado cinema-direto, reverenciados por cineastas como o francês Jean-Luc Godard. Eles registravam a turnê e seus bastidores desde a estreia apoteótica em Nova York, na reta final daquele que deveria ser um ano mágico para os Stones. Superada a morte do guitarrista Brian Jones, em julho – substituído pelo ótimo Mick Taylor, que com eles faria as obras-primas Sticky Fingers e Exile on Main St. –, e diante da iminente aposentadoria dos Beatles, os Stones estavam prestes a reinar soberanos como a maior banda de rock‘n’roll do mundo. Mas havia Altamont pelo caminho.O filme acabou sendo construído sob a perspectiva dessa tragédia. Na sala de montagem, os Mayles transformaram o que seria um grande musical num dos mais tensos dramas da história do rock.Lançamento em DVD pela Warner (preço médio: R$ 30).

por MARCELO PERRONE
ZERO HORA
06 de novembro de 2009 N° 16147
Segundo Caderno, pág. 6

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

FÓRUM DE DISCUSSÃO (Jornal Zero Hora) SOBRE O TEXTO DO SENHOR (equivocado) HISTORIADOR VOLTAIRE SCHILLING:

http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/interatividade.jsp?uf=1&local=1&newsID=DYNAMIC,itools.xml.ItoolsDelivery3,getMuralMensagensXml&template=3838.dwt&forumid=107290&groupid=3653&section=Mural&tp=

A Classe Artística discute texto de Voltaire Schilling

Mandei por e-mail, para minha lista de amigos, em sua maioria artistas, provenientes da academia, vivendo a arte contemporânea, ou seja, vivendo o mundo atual:

Amigos!

Nem sei se "isto" é "digno da nossa indignação", tamanha ignorância... Mas, pra quem ainda não viu, recomendo a leitura porque chega a ser ridícula... Como pode um historiador falar tanto absurdo?


...Achei apropriado publicar aqui as respostas abaixo, recebidas de colegas artistas por e-mail, para demonstrar a reação da nossa classe à falta de informação (só posso chamar assim) do Senhor Voltaire Schilling. Um historiador muito sério, que deveria informar-se um pouco mais sobre a história da arte e compreender que a arte, ao longo da história da humanidade, sempre representou o momento, o contexto, sendo essa uma das suas principais funções. E que, portanto, neste mundo caótico em que vivemos, nada mais natural que a arte esteja completamente diferente daquele modelo clássico que costumava agradar apenas aos olhos ou representar a realidade antes do advento da fotografia. (Mundo clássico este (que respeito) mas no qual, possivelmente, o Senhor Voltaire ainda vive, entre seus livros e bibelots, o que é uma pena...) Não publiquei (ainda) todos os nomes dos colegas, porque não pedi a devida autorização, mas não pude deixar de colocar as suas opiniões aqui no blog para serem lidas por mais gente do que apenas a nossa lista de e-mails.)

Cláu Paranhos



Nooossa Clau, apavorante!
Um amigo meu já havia comentado sobre esse artigo absurdo e, muito apropriadamente, criticado pelo Gaudêncio. Eu já tinha enormes reservas quanto a esse historiador desde que li um livro dele sobre Nietzsche que não fazia nada além de reproduzir um discurso caquético muito mal orientado sobre o filósofo, discrevendo-o como um louco nazi-fascista e, como no presente artigo, sem o menor constrangimento de expor seu pensamento retrógrado e estreito, próprio de quem pouco se dedica com seriedade às leituras mais densas e ainda por cima desafiando o pensamento contemporâneo que há muitas décadas já abandonou essas idéias equivocadas acerca de Nietzsche. Até vou te levar o tal livro se já não coloquei fora, rsrs, beijão!!!
Maria Cristina Ferrony

Além de preguiça mental, esse Voltaire Schilling deve ser neonazista, ao menos, tem a mesma opinião sobre ''arte degenerada" que Adolf Hitler.
Tem muitas aberrações na arte comtemporãnea? Talvez sim (he,he,só pra provocar também...), mas mais aberração ainda nesse texto em que mostra uma mente que tanto não possui uma reflexão minimamente despreconceituosa, quanto mais (pretensamente) intelectual . Deve ter mofo no cérebro, que é característico de quem ocupa nossas instituições e também que tem cadeira cativa na formação de opinião pública, feita na forma midiática, tradicional:
jornal e tv.
...Mas ainda acho que ele é nazi...
C. W.


Amigos,

Episódio lamentável a publicação do Sr, Voltaire. Vergonhoso para o meio cultural que um historiador se manifeste publicamente de forma tão pretensionsa, desrespeitosa e ignorante. Mas o pior é constatar que muitas outras pessoas, com todo acesso a cultura possível, manifestaram- se a favor do texto do Sr. Voltaire (veja-se os textos de David Coimbra e Rosane de Oliveira, ambos colunistas da ZH). Posturas assim para mim só podem ser fruto de uma preguiça mental seletiva. Como podem pessoas com tanto acesso a informação se manifestarem publicamente de forma tão pretensiosa sobre um tema que pouco conhecem ou sequer se interessam?? ? A "cidade das monstruosidades" foi uma alegoria extremamente infeliz utilizada pelo Sr. Voltaire para falar das obras de arte que ocupam nossos espaços públicos. Alegoria, porém, que bem serviria para ilustrar algumas mentes que rondam Porto Alegre, ocupando cargos públicos ou importantes espaços na mídia, bem como os efeitos nefastos de suas manifestações sobre a educação de uma população já tão carente de uma formação voltada para o sensível.
Estou chocado!
S.T.


Sim, e eu li as duas respostas na ZH, do gaudêncio e de um outro cara. Descascaram ele com toda razão. O cara botou o respeito profissional que tinha na boca do lixo. Minha mãe dizer essas ignorâncias vá lá, mas um intelectual (ou pretenso), ativo no ramo cultural, não é nem reacionário, é burro mesmo.
C.R.


Oi Cláu,
Às vezes a gente pensa que é melhor ficar quieto, mas não nesse caso, mesmo que não seja "digno de nossa indignação", como você mencionou. Parece que todos podem falar o que querem sobre qualquer coisa... sendo assim, nós (artistas) não deveríamos manifestar nossas idéias evitando a existência de um único ponto de vista?
Penso que esse tipo de crítica, que demonstra completa ignorância, ainda pode ser profícua, pois pode motivar o artista a expor seu pensamento e, principalmente, a desconfiar de historiadores e críticos que são apresentados a nós como grandes soberanos, poderosos legitimadores da arte (da grande arte). Algumas vezes, pessoas mal informadas sobre arte, como quando atacam a obra de Duchamp, por talvez não terem entendido que ele nos propõe uma questão ao expor os readymades - o que foi muito bem debatido por Rosalind Krauss, no livro 'Caminhos da Escultura Moderna' e também por Gaudêncio Fidelis em seu texto-resposta.

Abraçosss
Z


Vitupério Stilling
...segundo Houaiss =
Vitupério- substantivo masculino 1 ato ou efeito de vituperar, vituperação2 palavra, atitude ou gesto que tem o poder de ofender a dignidade ou a honra de alguém; afronta, insulto3 acusação infamante, injúria4 qualquer ato infame, vergonhoso ou criminoso
ver sinonímia de afronta

R.U.


Me caiu os butiá da bolsa escrotal....
O Voltaire me decepcionou...
E VIVA AS DISCUSSÕES SOBRE ARTE !!!!!
V.S.


O problema: este é o senso comum.Ao defender qualquer dessas obras eu tenho muito trabalho, pois há dezenas de argumentos contrários às mesmas.Os comentários postados no site Clicrbs demonstram uma quase unanimidade contra o contemporâneo.É necessária uma reação. Creio que seria essencial um encontro estadual debater a arte pública.Quando Monteiro Lobato atacou Tarsila do Amaral, Osvald e Mario de Andrade acudiram-na e deram o embrião para a Semana de Arte Moderna de 22. Se houver passividade, nesse momento, logo os gestores públicos adotarão o que chamo de solução Torre Eiffel: seleção pública para monumentos. Possivelmente com votação popular.Creio que a população gaúcha está mais pendente ao hiper-realismo na escultura do que qualquer outra solução.E se condenam, por exemplo, Gustavo Nackle, provavelmente, no íntimo, repudiam Xico Stockinger, pois percebo no uruguaio uma influência do gaúcho.Já argumentei, no próprio Clic, que considero as cuias de Saint-Clair Cemin um monumento tão importante, para mim, quanto o Laçador, a seu tempo, pois cria uma imagem de mundo gaúcho e uma forma geométrica que muito bem poderia ser um átomo, um sol ou um planeta. Divino.
D.


RESPOSTA AO HISTORIADOR VOLTAIRE SCHILLING(Autor da matéria “A capital das monstruosidades” , 25/10/2009)
Diz a lenda que um general alemão olhando o quadro “GUERNICA” de Pablo Picasso, perguntou-lhe : “Foi você que fez esta monstruosidade?” , ao que o artista respondeu: “Não, foram vocês”.O conceito do belo, feio ou “monstruoso” se revisa ao longo dos séculos e o que hoje achamos ruim, gerações futuras poderão achar genial. Inúmeros casos na história da arte nos mostram esta mudança. O exemplo mais conhecido é dos impressionistas e pós-impressionistas, a princípio recusados pela crítica e pelo público, hoje considerados geniais. Antes deles, Goya ao fazer as pinturas negras teve que fugir da inquisição , hoje estas são consideradas obras primas. Rembrant ao pintar a hoje famosa “Ronda noturna”, foi criticado pela corporação que lhe encomendou esta obra , pois utilizou vermelhos e pretos em demasia. Na época da II guerra mundial a arte moderna foi considerada ARTE DEGENERADA pelos nazistas.Não acredito que o autor do artigo esteja identificando- se e defendendo estas mesmas idéias?Não duvido que há obras ruins e talvez a estrela seja uma obra sem qualidades, mas o linguajar do historiador ao referir-se a esta escultura, foi desinformado, desrespeitoso e ofensivo. Informo ao dito historiador que… “o primeiro timão” que parecia ter esterco como matéria original”…., intitulava-se “Estrela Guia” e o material era BRONZE (alheação de cobre, estanho e zinco), que com certeza desconhece. Com respeito ao furto desta obra, acho vergonhoso que um cidadão comum aceite e justifique a depredação de qualquer obra por “medonho” que lhe pareça, mas é duplamente lamentável ler esta justificativa escrita pelo HISTORIADOR E DIRETOR DE MEMORIAL DO ESTADO.Enfim senhor Voltaire , não fosse por suas ironias grosseiras e ofensivas, diria que seu artigo é cândido de tão primário. Este escultor sugere que tome cuidado para que junto com a comissão “AMIGOS DO BOM GOSTO” que o senhor quer convocar, não criem um movimento intitulado “ FUNDAMENTALISMO ESTÉTICO” . Sugiro também que não façam listas de obras que pretendem remover, de discos que não gostam, dos livros e prédios que não lhes agradam , sabemos pela historia no que isso vai dar.
GUSTAVO NAKLE- ESCULTOR

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

A capital das monstruosidades, por Voltaire Schilling

Polêmico (e lamentável) texto do historiador Voltaire Schilling, de quem discordo muito veementemente, e que gerou o texto de Gaudêncio Fidelis, no post anterior.

Desde que Marcel Duchamp, um ex-artista cubista, francês de nascimento que escolheu os Estados Unidos como residência, mandou um urinol para ser exposto numa galeria de Nova York e, quase em seguida, em 1915, montou uma roda de bicicleta equilibrada sobre um pequeno banco e a fez passar por obra de arte, abriu-se a Caixa de Pandora dos horrores estéticos que a partir de então invadiram o cenário das exposições de arte.Para acentuar ainda mais o seu deboche para com o que até então se entendia como arte, Duchamp, um pândego, um moleque crescido, pintou um belo bigode numa imagem da Mona Lisa de Leonardo da Vinci, ícone da pintura ocidental. Como ele não foi confinado num manicômio nem encarcerado por ofensas ao patrimônio estético (interessante observar que nunca o Direito Penal preocupou-se em classificar como crime hediondo quem de propósito fabricasse a feiura!), parte da vanguarda artística ocidental tomou-o como um profeta dos novos tempos. Estabeleceu-se então um deus nos acuda.Todavia, o que particularmente nos chama a atenção como cidadãos desta nossa capital, que mais uma vez se vê intimidada pelo flagelo de uma nova “instalação”, é a notável concentração de “esculturas” e“monumentos” absolutamente espantosos. Um pior do que o outro. Nosso calvário começa por aquela mandada erguer pelos burgueses do bairro Moinhos de Vento para celebrar sua vitória em 1964 que se encontra no Parcão (homenagem ao marechal Castello Branco, mas que também pode referir-se ao desembarque de um extraterrestre), chegando ao hediondo “timão” situado na rótula que antecede o museu Iberê Camargo. Aliás, o primeiro “timão”, que parecia ter esterco como matéria original da sua composição, foi destruído pelos vileiros do Morro Santa Tereza, certamente indignados em terem-no nas vizinhanças(sofriam de uma injusta punição, além da pobreza tinham que encarar diariamente o exemplo da medonhice). Este colar sem fim de mau gosto que nos assola ainda é composto pelo“cuiódromo”, encravado na rótula da Praça da Harmonia (obra que por igual pode ser entendida como a exaltação de um superúbere de uma vacapremiada), e por um tarugo de ferro enferrujado que adentra o Rio Guaíba nas proximidades da Usina do Gasômetro e que se intitula, pasmem, Olhos Atentos. Nem os que foram perseguidos pelo regime militar escaparam destas maldades estéticas. O “monumento” que os lembra, erigido no Parque Marinha do Brasil, nos faz supor que eles continuarão atormentados ainda por muito tempo mais. A gota d’água derradeira destas perversidades que acometem contra nós, pobres porto-alegrenses, foi a inauguração recente da Casa Monstro, situada na Rua dos Andradas. Pelo menos o autor, um jovem paulista, enfim alguém sincero no ramo, não a escondeu atrás de um título esotérico ou poético: é monstruosa, sim! Trata-se da reprodução de um tumor que, inchado, é expelido pelas aberturas da construção e vem se mostrar aos olhos dos passantes, tal como se fora um abdômen de um canceroso recém aberto pelo bisturi de um cirurgião. Como se vê, uma maravilha! Minha interrogação, depois de passar rapidamente os olhos sobre este vale de horrores que nos circunda, é por que Porto Alegre, cidade aprazível, moderna, povoada por gente simpática, habitada pelas mulheres mais belas do país e que abrigou artistas como Vasco Prado, Xico Stockinger e Danúbio Gonçalves, termina por excitar o pior lado de muitos que por aqui vêm expor? Dizem-me que eles deixam estas abominações como doação (por não encontrarem compradores e não quererem arcar com o translado) e a infeliz prefeitura, constrangida, não tem como lhes dizer não. Faço desde já um apelo ao secretário municipal da Cultura, Sergius Gonzaga, se este ano tal ameaça se repetir, mobilize-se. Levante recursos, promova uma ação entre os amigos da cidade para despachar tais coisas para qualquer outro lugar. Senão, peça socorro à ONU. Porto Alegre, aliviada, lhe será eternamente agradecida.

http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a2695641.xml&template=3898.dwt&edition=13384&section=1012

Arte pública como plataforma, Gaudêncio Fidelis

Em resposta a Voltaire Schilling...

31 de outubro de 2009
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Arte pública como plataforma
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Doutor em História da Arte chama de demagógico o artigo que propunha“ação entre amigos” para “despachar” obras de arte
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O artigo do historiador Voltaire Schilling A Cidade dasMonstruosidades (ZH, 25/09/2009) tem lá o seu grau de aberração.
Não é novidade que obras de arte em espaço público desagradem a certas parcelas da população. Sociedades democráticas, entretanto, não propõem sua destruição, pois isso seria uma atitude fascista, que na mesma moeda de troca sugere uma providência autoritária sobre tudo o que lhes “desagrada”.
Ao contrário, privilegia-se o respeito à expressão, que é o fundamento básico de democracia.
Há uma grande dose de demagogia em qualquer “manifesto” que busque levantar as massas contra a arte, porque pressupõe um exercício demagógico do livre-arbítrio.
Não se trata do exercício crítico, porque a crítica procura, antes de tudo, o esclarecimento.
O professor Schilling cita o artista Marcel Duchamp como o precursor do que ele chama de uma “Caixa de Pandora dos horrores estéticos”, mas as transgressões artísticas de um dos mais brilhantes artistas do século 20 abriram o universo do pensamento reflexivo sobre a arte, que antes era limitado à contemplação passiva.
Ironicamente, é nas raízes da atitude de Duchamp, ao questionar o status do objeto artístico, que encontramos hoje a liberdade de expressar uma opinião sobre esta ou aquela obra e questionar seus pressupostos. Mas o que pensar de alguém que invoca o direito de crítica conclamando à condenação aqueles que supostamente fabricam a “feiura” que não lhes agrada?
É direito de todo cidadão exercer sua opinião, porém manifestos iconoclastas subjugam a vontade e o livre-arbítrio, pois buscam apenas contabilizar o ressentimento de alguns. “Dei a voz ao que a maioria pensa”, justifica o historiador, como se soubesse de fato que vontade é essa, causando (propositadamente) uma grande confusão entre categorias artísticas. É sabido, contudo, que a demagogia nunca busca a clareza, uma vez que privilegia a retórica.
O Monumento ao Presidente Castello Branco, de Carlos Tenius, localizado no Parcão, é uma obra que tem uma escala pública digna da imposição dos regimes autoritários, razão pela qual tem muito a nos ensinar. Sua forma estilizada, em linhas verticais dinâmicas, é de indiscutível interesse estético e talvez seja até irônico pensar em como ela pode ser contextualizada no universo contemporâneo, já que de fato elas lembram, em muito, figuras familiares ao cotidiano político que não devem ser esquecidas.
Estrela Guia II, do artista Gustavo Nakle, que substituiu a obra que Schilling menciona ter sido destruída pelos “vileiros do Morro Santa Tereza”, tinha sua primeira versão em bronze e foi roubada (como inúmeras outras obras na cidade) pelo valor de comércio do material de que era feita, e não destruída pela comunidade como diz o historiador. A obra foi escolhida por concurso público dentro do projeto Espaço Urbano Espaço Arte da prefeitura dePorto Alegre. Vale lembrar que nosso artista Xico Stockinger, citado pelo autor, participou inclusive dessa comissão, formada em sua maioria por membros da comunidade artística. A obra Super cuia, do artista gaúcho Saint-Clair Cemin, doada pela 4ª Bienal do Mercosul, é uma obra surpreendente por ter atribuído um caráter pop a um símbolo regional como a cuia, através do formato de um dodecaedro. Olhos Atentos, de José Resende, não é uma doação, mas uma obra comissionada pela 5ª Bienal. Voltada para o Guaíba, como um mirante, ela já faz parte do imaginário da cidade. O Monumento aos Mortos do Regime Militar, de Luiz Gonzaga, foi escolhido em concorrência pública por uma comissão em 1994, resultado de um projeto de lei, tendo grande receptividade por parte das famílias atingidas pela ditadura. Uma forma abstrata que, com seus espaços entrecortados, representa plenamente os limites entre a opressão do ferro e a liberdade do azul do céu. Finalmente, Tapume, de Henrique Oliveira, é uma obra temporária da 7ª Bienal do Mercosul e, em sua qualidade artística, como tal, deve ser pensada. Por fim, não é possível deixar de notar as referências subliminares do professor Schilling ao corpo, por meio do uso de termos como “cuiódromo”, “vaca premiada” e “tarugo”, de conotação notadamente sexual. O raciocínio culmina na apologia à beleza das porto-alegrenses, que ele chama de as “mulheres mais belas do país”, uma atitude não só machista e estereotípica, mas que também privilegia um padrão de beleza em relação às mulheres de outros estados. A conclusão parece ser a de que as obras de arte públicas deveriam ser tão belas quanto as mulheres gaúchas – afinal, tudo seriam coisas – e nós, porto-alegrenses, gostamos de coisas “modernas” e belas, ao menos nas palavras do historiador.
Um argumento quase irrefutável.

* Mestre em Arte pela New York University (NYU) e doutor em História da Arte pela State University of New York (SUNY)
GAUDÊNCIO FIDELIS

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Filmes Free

Recebi por e-mail esse site maravilhoso com muitos filmes, antigos e recentes, todos dublados ou com legendas em espanhol.
Detalhe: não são filmes que você baixa e ficam ocupando espaço no seu computador. Você poderá assistí-los completos mas há um limite de memória... Acho que, conforme o momento, dependendo da rede (que pode estar saturada), o filme pára e você só poderá acessá-lo novamente depois de um tempo, uns trinta minutos.
Então você deverá posicionar o filme no local onde parou, junto a uma barra de rolagem que fica embaixo.
Divirtam-se.

A substância das obras está em alta


e-mail recebido de: CARLA REGINA VOLKART

"Existia um hype que não era real, mas puramente especulativo. Com a crise, perdeu espaço a arte estúpida e ganhou a arte inteligente. A substância das obras está em alta."

Folha Online 17/10/2009 08:18

Há pouco mais de um ano, uma esquizofrênica sequência de eventos virou de cabeça pra baixo o mercado das artes.

Em menos de 24 horas, o banco Lehman Brothers abriu falência, arrastando o sistema financeiro para o buraco, e um leilão de obras do artista-estrela Damien Hirst somou estratosféricos 111 milhões de libras (cerca de R$ 310,5 milhões) em vendas. A euforia deu lugar a reticência.

Passado um ano do início da crise, a sétima edição da Frieze Art Fair, uma das maiores feiras do mundo, abriu na última quarta com um desafio: entender como a recessão mudou a forma de fazer arte e negócios.

"A nova tendência é comprar com os olhos, e não com os ouvidos", avalia Nicholas Logsdail, dono da galeria Lisson, em Londres. "Existia um hype que não era real, mas puramente especulativo. Com a crise, perdeu espaço a arte estúpida e ganhou a arte inteligente. A substância das obras está em alta."

Para Hayden Dunbar, diretor da galeria nova-iorquina Paul Kasmin, apesar da melhora nos negócios neste ano, ainda não é possível falar em recuperação.

"O ritmo ainda está lento. Mas agora estamos lidando com colecionadores de verdade e não com milionários russos que querem fazer mais dinheiro com arte. É um mercado mais real", explica ele, ao lado de um quadro de Andy Warhol, negociado por 385 mil libras (por volta de R$ 1,07 milhão).

Essa nova conjuntura do mercado de arte vai na contramão da herança de Warhol, mapeada na exposição "Pop Life: Art in a Material World", atualmente em cartaz na Tate Modern, em Londres.

A mostra investiga o legado do artista a partir de sua famosa frase: "Um bom negócio é a melhor arte", e reúne nomes como Hirst, Jeff Koons, Keith Haring e Takashi Murakami.

São artistas que seguiram os passos da Factory, a fábrica de obras de arte criada por Warhol, e que souberam usar a mídia para transformar seus nomes em grifes.

Agora, os tempos são outros. De acordo com a Art Market Research, empresa que monitora o setor, os preços de arte contemporânea subiram 313% entre 2006 e 2008, mas, desde então, caíram mais de 60%.

Com o estouro da bolha das artes, as maiores vítimas foram justamente artistas hipervalorizados, como o grafiteiro Banksy e o próprio Hirst. O preço de seus trabalhos despencou, segundo pesquisa da revista "ArtReview".

Damien Hirst procura "reconhecimento" com retorno à pintura

email recebido de: CARLA REGINA VOLKART

"Existia um hype que não era real, mas puramente especulativo. Com a crise, perdeu espaço a arte estúpida e ganhou a arte inteligente. A substância das obras está em alta." Folha Online 17/10/2009 08:18 Com este marcado giro em sua trajetória, dominada até o momento por provocadoras instalações de arte conceitual, Hirst almeja "ser reconhecido" e "obter a aprovação do público", disse Christoph Vogtherr



14/10/2009 - 11h06

da Efe, em Londres

Damien Hirst, considerado o "enfant terrible" da arte britânica, conhecido pelas instalações com animais em formol, procura "reconhecimento" e "aprovação" com seu surpreendente retorno à pintura.

É o que disse à agência Efe Christoph Vogterr, o curador de sua nova exposição no museu Wallace Collection, em Londres, casa de verdadeiras obras-primas da pintura europeia clássica.

A partir de hoje, o museu recebe a primeira série de pinturas de Hirst, intitulada "No Love Lost, Blue Paintings by Damien Hirst", em exposição que vai até o dia 24 de janeiro.

A mostra consiste em 25 obras pintadas entre 2006 e 2008 com as quais o artista, considerado o mais influente de sua geração no Reino Unido, volta a pegar nos pincéis no sentido mais tradicional.

Com este marcado giro em sua trajetória, dominada até o momento por provocadoras instalações de arte conceitual, Hirst almeja "ser reconhecido" e "obter a aprovação do público", disse Christoph Vogtherr.

'

The Kingdom", obra do britânico Damien Hirst, que ganha exposição "No Love Lost, Blue Paintings by Damien Hirst" em Londres

A relação do artista de 44 anos com sua imagem pública, na qual se mistura a admiração por sua obra com um ceticismo por seu marcado instinto comercial, "é de amor e ódio", diz Vogtherr, já que dela tira proveito e, ao mesmo tempo, sente desgosto.

Assim, em diversas entrevistas anteriores à apresentação pública de seus quadros --alguns deles foram expostos antes em Kiev--, Hirst expressou seu temor de que a crítica os "destroçasse", algo que o curador disse acreditar que não vai acontecer.

"A surpresa inicial de ver o que foi capaz de produzir se transforma depois em um sentimento positivo", opina Voghterr, ao observar que as obras ainda são uma transição entre suas criações mais conhecidas rumo a "um novo caminho que não se sabe para onde o conduzirá".

"No Love Lost" é uma série de pinturas de tons escuros, com destaque para o azul e o preto, tendo a morte como tema recorrente.

Desde suas vacas e tubarões em formol até suas composições com bitucas de cigarro, muitas das obras do artista exploram esse conceito e que volta a abordar em suas pinturas, dominadas por caveiras, ossos e cinzeiros vazios, que para ele simbolizam cemitérios.

A obra "Floating Skull" (2006), um crânio azulado que salta sobre um fundo negro, pertence a uma série inicial da qual é a única sobrevivente e é muito mais obscura do que quadros posteriores, como "Men Shall Know Nothing" (2008), na qual a cor azul vai se fazendo mais presente.

Todas as obras exibem elementos típicos da produção do artista, entre eles ossadas e esqueletos de animais, o que confirma essa sensação de transição.

Para Voghterr, desde o início de sua carreira, Hirst "desafiou o que significa ser um artista" --no ano passado, escandalizou o mundo da arte e ganhou uma fortuna ao leiloar obras de sua autoria sem intermediários--, e seu salto à pintura seria outro passo nessa direção.

Também não é comum sua escolha da intimista Wallace Collection para apresentar sua pintura ao público; porém, segundo o próprio artista, ele quer estabelecer uma conexão com os pintores clássicos, "conectar com o passado".

Hirst bancou do próprio bolso uma reforma das salas da Wallace Collection que custou quase 250 mil libras para que sua exposição tivesse entrada gratuita. Ele é o segundo pintor vivo a expor no museu --o outro foi Lucian Freud, em 2004.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u637772.shtml

domingo, 11 de outubro de 2009

Catalogue - Contemporary Art Magazine: First Issue!

Recém lançado!

e-artnow: 09.10.2009
Catalogue - Contemporary Art Magazine: First Issue!


Catalogue : First Issue!
CatalogueContemporary Art Magazine
Contact: info@cataloguemagazine.com
www.cataloguemagazine.com

CATALOGUE IS OUT ...In January 2009 we set out to launch a free, online contemporary art magazine focussing on France and the UK, one that would reflect our personal experiences as a critic and a curator in transit between those two countries.
Nine months later, here is Catalogue!
The first issue includes texts on Jesse Jones, Yinka Shonibare and Pierre Leguillon, a two-part reportage on the Paris area's dynamic art scene, an essay on the minimal tendencies of several young British artists, as well as reflections on the Turner Prize phenomenon and Francesco Manacorda's memories of the exhibition BMW - Black Market Worlds.
Also in Catalogue no. 1 are Hou Hanru's 2009 exhibition picks and the inauguration of our Selected Pieces section, where guests are invited to choose one artwork they would like to promote, rethink or revive.
Next issue December 2009!
Coline Milliard & Florence Ostende, co-editors
www.cataloguemagazine.com

***
THE MYSTERY PRIZE: The Turner Turns 25
Martin Herbert
A few days away from the opening of the Turner Prize exhibition at Tate Britain, Martin Herbert looks back at the history and controversies of a competition which every year throws four artists into the middle of the media circus.READ

SUPPORTING ROLES Laura McLean-Ferris
What kind of critical response can we have when faced with a roll of tape or a strip of metal mesh?READ

EXHIBITION MEMORY: BMW – Black Market Worlds
Francesco Manacorda
How does it feel to think about a show experienced a while ago? Catalogue invited Francesco Manacorda, curator at London's Barbican Art Gallery, to remember one exhibition. He chose the 2005 Baltic Triennial BMW - Black Market Worlds at the CAC Contemporary Art Centre in Vilnius, Lithuania.READ

BEYOND THE RING ROAD: Contemporary Art in the Paris region
Coline Milliard
Too often overlooked by the media, an energetic art scene has developed on the outskirts of the French capital. Catalogue's team tried to learn more about the venues spearheading 'the new French dynamism'.READ

INTO THE OUTER CIRCLE
Florence Ostende
Reminiscences of exhibitions visited in the Paris region during 2008 and 2009.READ

PIERRE LEGUILLON, BLAUES DREIECK(1969-2009)
Julien Fronsacq
Simultaneously a rereading, an appropriation and a reinvention, Pierre Leguillon has recently remade Blinky Palermo's Blaues Dreieck (1969). Showing no nostalgia for the original, Leguillon, best known for his slide shows, celebrates the art edition.READ

YINKA SHONIBARE MBE: Same But Different
Coline Milliard
Former Turner Prize nominee Yinka Shonibare MBE talks to Catalogue about his new project space in East London, the credit crunch, and the benefits of the Trojan horse approach.READ

JESSE JONES: This or Any Boom Town
Isobel Harbison
Irish artist Jesse Jones soundtracks outdated utopias.READ

SELECTED PIECES
Catalogue invites guests to choose one artwork they would like to promote, rethink, revive.
Guests: JJ Charlesworth, Francois Quintin, Joëlle Tuerlinckx and Richard Wentworth.
Artists: Toby Christian, Christoph Fink, Gérard Fromanger, Helen Marten, Haroon Mirza and Nicolas Puyjalon.READ

SELECTED EXHIBITIONS
Hou Hanru
Lyon Biennial curator Hou Hanru shares his 2009 exhibition picks with Catalogue.READ

HOW TO CREATE YOUR OWN ANNOUNCEMENT
with e-artnow
UNSUBSCRIBE from e-artnowwww.e-artnow.org

7ª BIENAL DO MERCOSUL

A 7ª Bienal do Mercosul vai ser realizada entre os dias 16 de outubro e 29 de novembro de 2009, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul.

CHARLES WATSON explica super bem:

A 7ª Bienal do Mercosul é uma plataforma aberta de comunicação sobre o estado das artes mais experimentais e críticas do continente, em diálogo com o mundo.
Nesta edição, ela propõe revalorizar o artista como um ator social e constante produtor de um sentido crítico necessário, posicionando seu olhar no cerne de cada uma das exposições e programas.

O título da Bienal - Grito e Escuta - se refere à importância de explorar a comunicação multidirecional - entre um mundo em conflito e um artista que escuta e responde; entre um artista que produz sentido com a intenção de que o mundo o escute - através de múltiplas linguagens, com a intenção de alterar a hegemonia da visualidade. A 7ª Bienal do mercosul explora a sonoridade, o movimento corporal, a vivência pedagógica como partes integrantes da experiência da arte hoje.

A intenção da Bienal é de incorporar um amplo espectro de conteúdos: desde o artista que realiza uma ação para gerar uma transformação ou um impacto concreto sobre a realidade, até o artista que promove a atitude reflexiva e a escuta ante o entorno, que resgata o poder do diálogo como modelo possível de construção para uma sociedade melhor.

Descoberta pintura de Da Vinci escondida dentro de parede


A pintura, chamada "A Batalha de Anghiari", estava oculta sob a parede no Palazzo Vecchi, a chamada Câmara dos 500
07 de outubro de 2009
Foto: The New York Times



John Tierney
Em Florença, na Itália
Se, como Maurizio Seracini, você acredita que a maior das pinturas de Leonardo da Vinci está escondida no interior de uma parede na sede da prefeitura de Florença, há duas técnicas essenciais para encontrá-la e, como de hábito, Leonardo mesmo antecipou as duas..
A primeira envolve o recurso a equipamento científico. Depois de encontrar o que parecia ser uma pista quanto ao trabalho de Da Vinci deixada por outro artista do século XVI, Seracini liderou uma equipe internacional de cientistas em um projeto que resultou no mapeamento de cada milímetro da parede e da sala que ela delimita com o uso de lasers, radar, luz ultravioleta e câmeras infravermelhas. Assim que conseguiram identificar o possível esconderijo, os pesquisadores desenvolveram aparelhos com os quais será possível detectar a pintura por meio do disparo de feixes de nêutrons contra a parede.
"Da Vinci adoraria ver o quanto a ciência está sendo utilizada, na procura por sua mais célebre obra-prima", disse Seracini, enquanto contemplava a parede em cujo interior ele espera encontrar a pintura, e recuperá-la intacta. "Consigo perfeitamente imaginar o fascínio que ele sentiria por todos os aparelhos de alta tecnologia que viremos a utilizar para esse processo".
Seracini estava no grande salão cerimonial do Palazzo Vecchi, a chamada Câmara dos 500, que na era do Renascimento ocupava posição política central na vida de Florença e por isso terminou sendo decorada com murais de vitórias militares florentinas, pintadas por Da Vinci e Michelangelo, sob encomenda dos líderes da cidade. Era julho de 2009 e a sala continua a ser um centro de poder político, como se podia perceber com a entrada repentina de Matteo Renzi, o novo prefeito de Florença, que percorria rapidamente o caminho entre sua sala e o carro que o esperava na saída do edifício.
A palestra científica foi interrompida enquanto Seracini se apressava para interceptar a comitiva do prefeito. Ele estava ansioso para empregar a segunda das estratégias essenciais, na busca por uma pintura de Da Vinci em Florença: encontrar o patrono certo.
Essa foi sempre uma tática inteligente na cidade natal dos Medicis e de burocratas como Maquiavel, o amigo de Da Vinci cuja assinatura consta do contrato no qual o mural sobre as vitórias da cidade foi encomendado ao pintor. Seracini, professor de engenharia na Universidade da Califórnia em San Diego, passou anos perdido em um labirinto burocrático, esperando aprovação para testar sua técnica de localização por feixes de nêutrons, mas diz que o novo prefeito da cidade representa a melhor esperança de localizar a pintura de Da Vinci..
A busca foi iniciada mais de três décadas atrás e com uma pista digna de figurar em um romance de suspense do escritor Dan Brown. Em 1975, quando estava estudando engenharia nos Estados Unidos, Seracini retornou à sua Florença natal para uma análise da Câmara dos 500, em companhia de Carlo Pedretti, um estudioso da vida e obra de Da Vinci.
Os dois estavam em busca de "A Batalha de Anghiari", a maior pintura que Da Vinci realizou em sua vida (a largura do mural era três vezes maior que a de "A Última Ceia"). Ainda que o trabalho jamais tenha sido concluído - Da Vinci o abandonou em 1506-, uma das cenas centrais, que mostra soldados e cavalos em pleno combate, foi elogiada como um estudo sem precedentes dos princípios da anatomia e do movimento. Por décadas, artistas como Rafael visitaram a Câmara dos 500 a fim de contemplar o mural e copiá-lo para referência.
E um dia a pintura desapareceu. Quando o salão foi remodelado, em 1563, o arquiteto e pintor Giorgio Vasari recobriu as paredes com afrescos que mostravam vitórias militares da família Medici, retornada ao poder. O mural de Da Vinci terminou esquecido. Mas em 1975, quando Seracini estava estudando uma das cenas de batalha pintadas por Vasari, ele percebeu a imagem de uma pequena bandeira contendo as palavras "Cerca Trova", ou seja, "procure e encontrará". Será que elas serviam como sinal de Vasari para a presença de algo oculto por sob a sua pintura?
A tecnologia dos anos 70 não permitia obter resposta clara. Seracini levou sua carreira adiante e veio a conquistar a fama por conta de suas análises científicas de outras obras de arte e, posteriormente, fundou o Centro de Ciência Interdisciplinar para a Arte, Arquitetura e Arqueologia, integrado à Universidade da Califórnia em San Diego.. Em 2000, ele voltou a Florença e à Câmara dos 500, equipado com novas tecnologias e com o apoio de um novo patrono, Loel Guinness, um filantropo britânico.
Ao registrar imagens em infravermelho e mapear a sala com o uso de laser, a equipe de Seracini descobriu onde ficavam as portas e janelas antes que Vasari conduzisse a sua reforma. A planta reconstituída, combinada a documentos do século XVI, bastou para localizar o ponto que teria sido pintado por Da Vinci. Também serviu para oferecer uma potencial explicação para o fato de que Michelangelo tenha realizado não mais que um esboço inicial do mural a ele encomendado: o pintor deve ter ficado enciumado ao descobrir que a seção da parede atribuída a Da Vinci oferecia iluminação natural muito melhor.
"A sala é imensa, mas não grande o suficiente para que Michelangelo e Da Vinci pudessem dividi-la", disse Seracini. A nova análise demonstrou que o local em que Da Vinci pintou sua cena ficava exatamente sob o ponto em que a bandeira com os dizeres "cerca trova" foi pintada. E uma notícia ainda melhor, obtida por meio da análise da parede com radar, foi o fato de que Vasari não revestiu o mural de Da Vinci e pintou o seu; ele fez construir novas paredes de tijolos para sua pintura e tomou o cuidado de deixar um pequeno espaço para respiração por trás de uma dessas seções de tijolos - exatamente aquela que fica por trás do "cerca trova".
Mas como um pesquisador trabalhando hoje poderia descobrir o que existe atrás do afresco e dos tijolos? Como é que alguém poderia contemplar a parede original, a uma profundidade de 15 cm, sem prejudicar o afresco também histórico que existe em sua superfície?
Seracini não sabia como proceder, até 2005, quando pediu ajuda durante uma conferência científica e recebeu uma sugestão quanto ao uso de feixes de nêutrons que atravessariam o afresco sem prejudicá-lo. Com ajuda de físicos dos Estados Unidos, da autoridade italiana de energia nuclear e de universidades da Holanda e Rússia, Seracini desenvolveu aparelhos capazes de identificar os reveladores produtos químicos usados por Da Vinci.
Um desses aparelhos é capaz de detectar os nêutrons que retornam depois de colidir com átomos de hidrogênio, um componente abundante nos materiais orgânicos (como o óleo de linhaça e resina) empregados por Da Vinci. Em lugar de utilizar tinta à base de água, o método convencional para um afresco em gesso como o de Vasari, Da Vinci recobriu a parede com uma camada base impermeabilizada e utilizou tintas a óleo.
O segundo aparelho utilizado pelos pesquisadores permite distinguir os raios gama produzidos pelas colisões de neurônios com átomos de diferentes elementos químicos. O objetivo é localizar o enxofre na camada de impermeabilização de Da Vinci, o estanho na camada branca que servia como base à pintura e os produtos químicos nos pigmentos de cor, como o mercúrio usado para produzir pigmento vermelho e o cobre usado para o azul.
Desenvolver essa tecnologia foi difícil, mas mesmo assim representou desafio menor do que conquistar aprovação burocrática ao seu uso. Seracini encontrou uma série de obstáculos políticos e burocráticos. Assim, quando viu o novo prefeito atravessando o Salão dos 500 naquela tarde de julho, ele se apressou a fazer um apelo pessoal a Renzi, que era favorável ao projeto antes de sua eleição.
Com a polidez de um Medici, o prefeito parou para escutar o pedido, e depois prometeu que ajudaria a empreitada artística a avançar, assim que tivesse cumprido a sua primeira leva de promessas eleitorais. "Meu sonho é ver essa descoberta o mais rápido possível", disse Renzi. "Rápido" pode ser um termo altamente relativo, na burocracia italiana, mas o prefeito de fato agiu para reiniciar o processo e conduziu uma reunião com um de seus atuais patronos, a National Geographic Society dos Estados Unidos. Na semana passada, Renzi declarou que esperava que o trabalho pudesse ser realizado em breve.
"Estamos dispostos a conceder permissão ao professor Seracini", disse Renzi na quinta-feira. "A única questão é a data, e saber quem fará o quê. Dentro de uma ou duas semanas, o projeto deve receber luz verde". Assim que obtiver autorização, diz Seracini, ele espera concluir o trabalho de análise dentro de um ano.
Caso "A Batalha de Anghiari" esteja mesmo lá, diz, seria viável que as autoridades florentinas encarregassem especialistas de remover o afresco exterior de Vasari, extrair a pintura de Da Vinci e em seguida recolocar o afresco em sua posição. É claro que ninguém sabe em que estado o mural de Da Vinci estará. Mas Seracini, que conduziu extensas análises sobre os danos sofridos por quadros do Renascimento, diz que se sente otimista quanto ao mural.
"A vantagem é que ele esteve coberto por cinco séculos", disse. "Esteve protegido contra vandalismo, contra o ambiente e contra más restaurações. Não espero que tenha decaído demais". Caso ele tenha razão, então talvez Vasari tenha feito um favor a Da Vinci ao cobrir sua pintura - mas tomando o cuidado de deixar aquela enigmática bandeira por sobre o local do tesouro.
Tradução: Paulo Migliacci ME

sábado, 27 de junho de 2009

Festival de Arte

AGENDE-SE!

23.º Festival de Arte Cidade de Porto Alegre

13 a 17 de julho de 2009

ATELIER LIVRE DA PREFEITURA

*Programação confirmada para o até o momento:

O Caminho das Pedras – montagem e criação do livro infantil

Hermes Bernardi (Porto Alegre)

O Livro ilustrado-. A relação palavra-imagem. O boneco do livro. A montagem do boneco. A produção do livro.

Público: artistas e escritores, com apresentação de breve currículo.

N ° alunos: 20

O que é ilustração: sua história dentro da literatura infantil

Odilon Moraes (São Paulo)

Introdução ao livro ilustrado. A palavra e a imagem nas experiências contemporâneas. A ilustração na literatura infantil brasileira. A história de uma capa.

N º alunos: 20

Atos Primários

Silvia Diehl (Argentina)

Propõe práticas artísticas vinculando e integrando o corpo físico mental e emocional e espiritual. Trabalhar em conexão com o corpo permite-nos vincular com o nosso conhecimento. A respiração, a pele, o olfato e os sons são elementos que nos possibilitam nos aproximarmos de uma linguagem não definida pelo racional.

Público: pessoas que queiram trabalhar suas necessidades criativas e ampliar sua percepção.

N º alunos: 20

A solda elétrica na escultura

Marcelo Mello (Porto Alegre)

Técnicas de utilização corretas e seguras de ferramentas elétricas. A solda elétrica como ferramenta de grande impacto escultórico.

Público: artistas com experiência em escultura.

N º alunos: 8 em 2 turnos.

Intervenção para um lugar específico

Shirley Paes Leme (São Paulo)

Estudar a presença e funcionamento da dimensão conceitual na arte contemporânea a partir das referências históricas da arte conceitual. Estabelecer relações entre arte / vida e arte / política como derivações do campo da arte.

N ºalunos: 20

As motivações existenciais em desenho - O pensamento do desenho

Marco Veloso (Rio de Janeiro)

Introdução, exercício e desenvolvimento de diversas motivações existenciais para a prática do desenho, de modo a tornar a sua prática e o seu pensamento, mais próximos do universo de cada artista.

Desenvolvimento de aspectos da teoria do desenho contemporâneo como uma prática artística específica.

N º alunosdososação de carta de ialunos: 15

Interartes e performances e as abordagens dos constructos - processos contemporâneos

Marcio Noronha (Goiânia)

Estudo, análise e compreensão histórica dos conceitos de interartes e de performance, envolvendo ainda a sinestesia, a “bodyart” e estudos audiovisuais.

Analisar e compreender experimentos da arte contemporânea, o artista teórico, o teórico-artista nas novas poiéticas.

Público alvo: estudantes, pesquisadores de artes visuais, artes cênicas e interessados nos estudos da performance.

N º alunos

confeccionando figurinos Rio” : 50

Manchete e poesia

Otavio Zani (São Paulo)

Reflexão crítica sobre a dinâmica a partir da prática da xilogravura e da tipografia. Sobre estes, ou a partir destes impressos, previamente coletados pelos participantes da oficina, serão produzidas pequenas publicações que dialogam com essa multiplicidade de linguagens gráficas da comunicação presente nas ruas da cidade através de vários suportes impressos: jornais, revistas, outdoors, mala-direta, folders, cartões etc.

Nº alunos: 15

Fotografia por câmera obscura

Denise Helfenstein (Porto Alegre)

Construindo uma câmera fotográfica a partir de objetos do cotidiano. As origens da câmera obscura, o material foto-sensível a propagação da luz, a construção de uma câmera fotográfica artesanal, a revelação, o negativo x positivo: processos de ampliação.

Nº alunos: 12

O outro lado do Rio

Joelson Gomes (Recife)

A partir da criação de um diálogo entre dois Mestres de gravura pernambucanos, um erudito: Gilvan Samico, outro popular: J. Borges, envolver os participantes do curso “O outro lado do Rio”, levando em conta a diferença entre as regiões nordeste e sul.

Criar-se-ão pinturas em papel com grandes dimensões, onde os participantes serão envolvidos no ambiente da gravura, dando vida a personagens, confeccionando figurinos, adereços, e objetos. Estas figuras serão vestidas pelos participantes.

N ºalunos: 20

Auto – retratos: VI edição: capítulo Porto Alegre

Alicia Candiani (Argentina)

Projeto coletivo internacional de quatro anos de duração (2006-2010) que inclui artistas e instituições de diversos países produzindo auto –retratos e imagens auto-referenciais.

Os trabalhos se realizam em meios digitais: fotografias, desenhos, objetos e outras obras scaneados; e serão expostos, a partir de 2011 em forma de instalação em todas os países onde serão realizados (Espanha, Argentina, Brasil, Suécia, Canadá).

Público: pessoas com conhecimento em ferramentas digitais e manejo do programa Adobe photoshop.Possuir Notebook.

Nº alunos: 12

Técnicas diversas de gravura

Luis Miguel Valdés (México)

Conceito de gravura na atualidade.Diferentes procedimentos de gravura e as diferentes formas e variações de impressão de uma mesma matriz.Aplicação de texturas e transporte para placa final.

Publico: artistas e estudantes de artes

Nº de alunos: 10

?Conversas sobre Arte?

Eduardo Frota (Recife)

Conversas sobre os projetos de trabalhos dos participantes.

O ARTISTA E SUA OBRA

[19 H – SALA ÁLVARO MOREIRA]

13/07

Daniel Escobar

As cidades e suas trocas: apresentação do trabalho desenvolvido durante a edição 2008 do Programa Bolsa Pampulha –a cidade como um território expandido de ações expositivas contemporâneas.

Adauany Zimovski

14/07

Ana Ruas

A cor das ruas

15/07

Silvia Matos (Campinas-SP)

Arte contemporânea em grupo: GrupoAtropoantro Trabalho coletivo do grupo Antropoantro. Transformação de espaços,Circulações da escultura que não deu certo,a versão “portátil” da escultura que não deu certo,levar arte às escolas,o trabalho com a memória,o trabalho site-specific,a instalação No Cubo Branco,a criação do Museu do vazio no blog do Antropoantro.

Cláudia Sperb (Novo Hamburgo-RS)

Relato do projeto Fragmentos e sentimentos – Praça Vital Brasil, Instituto Butantã / SP.

16/07

Helena Kanaan (Porto Alegre)

Impressões Híbridas: Cruzando Impressões litográficas e impressões de sentido

Alicia Candiani (Argentina)

De Fronteiras incertas: pensamento e obra de Alicia Candiani

17/07

Eduardo Frota (Recife)

*Sessão extra: Santander Cultural

Shirley Paes Leme e Marco Veloso

16/07 10 h

FÓRUM ABERTO DE PRODUÇÃO

[Sala Álvaro Moreira 17:30 h]

13/07

Marcelo Mello

A solda Elétrica na escultura